terça-feira, 23 de abril de 2013

Governo acolhe proposta para o SUPERSIMPLES dos empregados domésticos


O governo acolheu a proposta defendida pelo Congresso de criar um Supersimples para os empregados domésticos, unificando o recolhimento da contribuição previdenciária e do FGTS. O modelo vai prever também uma alíquota menor para o INSS, mas, em contrapartida, os empregadores não poderão mais abater no Imposto de Renda (IR) os gastos com empregados domésticos. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da comissão mista que vai regulamentar os novos direitos da categoria, disse que o pagamento deve ser feito até o dia 7 de cada mês, data atual do recolhimento do FGTS, para não prejudicar a correção das contas dos trabalhadores.
Após se reunir nesta terça-feira com representantes de diversas áreas do Executivo, Jucá disse que os técnicos envolvidos se comprometeram em elaborar um modelo de guia e ajustar os sistemas, de forma que o empregador possa fazer os cálculos pela internet e baixar o formulário com código de barras para efetuar o pagamento.

Há concordância das áreas de governo com a criação do Supersimples em cobrança única e boleto único — disse Jucá, após a reunião.
Ainda não foi definido quem será o responsável pelo pagamento, o que está sendo acertado entre a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e a Receita Federal. Jucá disse que o novo Supersimples não vai unificar impostos, como acontece com as empresas em geral, apenas simplificar e unificar os recolhimentos para os patrões.
Ele acrescentou que, para compensar o aumento do custo para os patrões, vai propor reduzir a contribuição previdenciária do empregador, hoje de 12%, para 8%; e a do trabalhador, que varia entre 8%, 9% e 11%, para 8%. O recolhimento do FGTS também ficará em 8%, como ocorre com os demais trabalhadores, para facilitar os cálculos.
Seguro de acidentes pode ser de 1%
O seguro contra acidentes de trabalho, outro benefício assegurado pela Emenda Constitucional e que também precisa ser regulamentado, será incluído na guia de pagamento do INSS e do FGTS. A proposta é que o empregador passe a arcar com mais 1% do salário do empregado para a Previdência. No caso das empresas, as alíquotas variam entre 1%, 2% e 3%, segundo o risco do setor econômico, sendo que, individualmente, as firmas podem pagar 0,5% ou até 6% da folha, dependendo da ocorrência de acidentes.
Jucá disse que a redução da contribuição para a Previdência deve vir acompanhada do fim da dedução, no Imposto de Renda, dos gastos com empregado doméstico, para que seja uma medida igualitária. O benefício, que vai até 2015 (ano base 2014), só pode ser utilizado pelos contribuintes que fazem a declaração completa, no limite de um salário mínimo. O governo avalia que o efeito deste incentivo na formalização é insignificante.
O relator destacou também que o governo concorda com a proposta do Congresso de criar um regime de parcelamento de dívidas para a categoria — o Refis das domésticas — para permitir que patrões com dívidas pendentes junto ao INSS possam regularizar a situação. Falta ainda definir os prazos do parcelamento, que pode chegar a 120 meses, dependendo do valor da dívida.
— A Fazenda não recebe esse dinheiro. A forma de pagamento tem que ser factível para levar a um aumento da formalização — destacou Jucá.
No RS, formalização é maior
Para o relator, o maior problema da regulamentação dos novos direitos para os domésticos se dá na área trabalhista. Ele destacou que a legislação válida para os demais trabalhadores, como jornada diária de oito horas e limite de duas horas extras por dia, dificulta a implementação dos benefícios, sobretudo, no caso de babás e cuidadores de idosos, que geralmente necessitam de uma carga horária mais elevada. O Ministério do Trabalho vai analisar o tema e propor uma solução dentro de dez dias, informou Jucá. A meta é finalizar uma proposta até o fim do mês.
As mudanças já em vigor nos direitos das domésticas pouco alteraram a rotina na casa do médico Marco Teloken, de 50 anos, e da consultora de benefícios Christiane Futuro Teloken, de 34, que moram em Porto Alegre. Além de já receber as vantagens previstas na nova lei desde que foi contratada, em 2007, a empregada Tânia Regina Silva dos Santos, de 54 anos, não precisará aumentar a jornada diária, nem trabalhar aos fins de semana ou registrar entrada e saída para garantir as oito horas diárias de trabalho previstas na nova legislação.
— Aqui todo mundo confia em todo mundo. Os patrões são importantes para mim e eu para eles. E é assim que vai seguir funcionando — diz a funcionária.
Longe de ser uma relação impecável, o contrato de trabalho entre a família Teloken e a doméstica se baseia no respeito — tanto pessoal quanto legal. Auxiliada por um contador, a família emite contracheques, discrimina vencimentos e descontos, paga benefícios e mantém a empregada motivada com uma cultura de “liberdade responsável”: ela vai embora quando termina suas tarefas.
— Nunca a mantive em casa porque ainda faltavam uma ou duas horas para ela sair. Mas a Tânia também nunca saiu deixando alguma coisa pela metade — diz a empregadora.
Segundo dados da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE), a formalização do trabalho doméstico na região metropolitana de Porto Alegre alcança 47,7% — um dos índices mais altos do país. Se forem incluídas as diaristas, esse índice sobe a 58%. O salário médio é de R$ 900 contra um mínimo regional para a categoria de R$ 770. A jornada média semanal é de 38 horas.
— O pessoal leva muito a sério essas relações aqui no estado porque o nível de informação das funcionárias é alto — diz o advogado do Movimento das Donas de Casa do Rio Grande do Sul, Ernesto Caldieraro.
A economista Lúcia Garcia, da FEE, prevê que o mercado não conseguirá absorver as mudanças com a naturalidade da família Teloken:
— A lei trará mais dignidade. Mas esse lugar continuará reservado a mulheres mais velhas e com baixa escolaridade.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/governo-concorda-com-unificacao-de-inss-fgts-para-domestico-8066770#ixzz2RKps9ynx
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

PEC das Domésticas é promulgada


O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), promulgou na terça-feira (2) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia os direitos trabalhistas das empregadas domésticas, conhecida como PEC das Domésticas. Em cerimônia da qual participaram também seis ministros, Renan comparou a promulgação da PEC com a assinatura da Lei Áurea. “Hoje, 125 anos depois do fim da escravidão, somente hoje estamos fechando a última senzala e jogando a chave fora”, disse o presidente do Congresso.
Para Renan Calheiros, a extensão dos direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) às trabalhadoras domésticas trará benefícios a toda a sociedade. “De um lado, os trabalhadores domésticos terão garantidos os seus direitos; de outro, será elevado o nível de profissionalização da categoria. Dessa forma, antes de representar uma vantagem somente para os empregados domésticos, a nova lei, que iguala direitos, é um ganho para todos os brasileiros”, disse na cerimônia.
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, representou a presidenta Dilma Rousseff na cerimônia e disse que a PEC torna o país mais democrático. Em seu discurso, Ideli disse que não é possível ter “democracia em um país com diferença de reconhecimento e de direitos” e que somente agora isso está sendo alcançado. “O trabalho doméstico é trabalho e quem o executa tem que ser reconhecido como trabalhador pleno”, disse a ministra.
Após a cerimônia, a presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria Oliveira, foi bastante cumprimentada. Emocionada, Creuza disse que a data é histórica e que uma injustiça está sendo reparada. Para ela, uma nova etapa começará a partir da publicação, quarta-feira (3), da PEC que foi promulgada na terça.
“Nós sabemos que a guerra está só começando. Ainda temos muitas coisas para enfrentar, como a regulamentação e como conscientizar a sociedade de que nós, trabalhadoras domésticas, fazemos parte da classe operária brasileira e por isso merecemos ser reparadas pelos longos anos que construímos a sociedade”, disse.
A PEC foi aprovada no dia 26 de março por unanimidade entre os senadores presentes. Participaram da cerimônia de promulgação hoje os ministros da Previdência, do Trabalho, da Secretaria de Direitos Humanos, da Secretaria de Políticas para a Mulher, de Relações Institucionais e da Secretaria Geral da Presidência da República.

Receita Federal abre canal oficial no Youtube


 Receita Federal tem, a partir desta terça-feira (2), um canal oficial no site de vídeos Youtube, onde o contribuinte pode assistir vídeos informativos, entrevistas e matérias. Os vídeos estão sendo postados desde março e o canal já possui mais de 3 mil acessos.

Para o chefe da assessoria de comunicação social da Receita, Pedro Mansur, a entrada da TV Receita no Youtube vai possibilitar a divulgação de vídeos para toda a sociedade. “A Receita consegue agora uma forma moderna de comunicação com seu público”, explica.

Mais pessoas poderão acessar os vídeos produzidos pela TV Receita, contribuindo para a boa imagem da instituição, da mesma forma que proporciona transparência e ajuda na disseminação da cidadania fiscal.

A TV Receita vai possibilitar a divulgação de vídeos para toda a Sociedade (Reprodução/YouTube)
Exclusivo

O site permite que a instituição personalize a aparência de sua página, com isso, a Receita conta com banner, imagem de plano de fundo, e vídeos agrupados em listas. Para ter acesso aos vídeos, o usuário deve digitar http://www.youtube.com/user/TVReceitaFederal ou então acessar o link do Youtube na página da Receita Federal na internet.
Fonte: InfoMoney

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Criação da Secretaria da Micro e pequena empresa sancionada


A presidenta Dilma Rousseff sancionou sem vetos, na noite de quinta-feira (28), a lei que criou a Secretaria da Micro e Pequena Empresa. A secretaria será o 39º ministério do governo federal e terá estrutura já existente que será deslocada do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Com isso, todas as atribuições que o Mdic tem atualmente referentes a esse assunto passarão para o novo ministério. Da mesma forma, os servidores e o patrimônio que constavam da secretaria, que antes era ligada à pasta do Desenvolvimento, agora servirão ao novo ministério.
O projeto que criou a secretaria foi aprovado no último dia 7 no Senado e provocou protestos de oposicionistas que questionaram a necessidade de mais um ministério e os custos dele.
Já o governo considera importante a criação do órgão para o estímulo à geração de empregos e ao empreendedorismo no país.
O ministro que ocupará a pasta ainda não foi escolhido. A sanção será divulgada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (1º) e não há previsão de quando sairá a nomeação do titular do novo ministério.